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quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

ILHÉUS

A tarde chega com o sol se pondo atrás das mansões 
do Morro do Pacheco, com a mata de suas encostas
sendo destruída para dar espaço a construção de um 
novo empreendimento imobiliário.

Será que isso é devido a inexistência de um plano diretor
atualizado, ao descaso do poder público juntamente com
a classe rica e influente da cidade, "da força da grana que
ergue e destrói coisa belas" como na música Sampa?

Talvez isso aconteça porque todos estejam voltados demais
para as suas próprias vidas e falte uma coordenação 
coletiva que abarque as instituições e valores civilizatórios,
ou simplesmente a sensibilidade comum de realizar obras que
integrem a população ao meio ambiente e a proteja.

O fato é que o progresso coletivo não chega a essa cidade
com vocação turística por natureza graças a cultura do 
cacau imortalizadas nas obras de Jorge Amado e Adonias
Filho.

Todas as noites avisto uma grande coruja sobrevoando
o bairro da Cidade Nova, assim como a cada início da
manhã e fim da tarde ouço o canto dos passarinhos.

A verdade é que as ruas tem buracos por onde passam 
ônibus transportando turistas dos cruzeiros que atracam
no porto, há problemas de drenagem após um chuvarada
quando os passeios das avenidas se tornam margens de
lagos e rios.

Pobre de mim que não entende porque seus habitantes
permitem que uma cidade histórica e rica seja maltratada
com sorrisos de políticos locais, deve ser para dar boas 
vindas aos visitantes. 


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